23 de julho de 2015

Cresce a procura por cursos técnicos no setor rural


Ascom Senar-PB
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Rápida absorção pelo mercado de trabalho, cursos de pequena duração, aumento da qualificação ou mudanças de carreira, são alguns dos motivos que têm levado muitos profissionais que almejam alcançar destaque no mercado a buscarem um curso técnico. Por outro lado, o mercado de trabalho está cada vez mais absorvendo estes recém-formados. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de consultoria e recrutamento, Page Personnel, nos quatro primeiros meses do ano, a procura por profissionais que possuem um curso dessa modalidade no currículo cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado..

De olho numa colocação profissional mais acelerada, muitos graduados já procuram cursos técnicos com o intuito de aumentar a empregabilidade e estreitar a distância entre a teoria da universidade e a prática exigida pelo mercado de trabalho. Foi pensando nesse tipo de qualificação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), criou o Curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil para oferecer uma nova oportunidade aos estudantes que querem ampliar a sua formação. Com o curso, a instituição espera formar profissionais habilitados não só nos conhecimentos das cadeias produtivas, como também na aplicação dos procedimentos de gestão e de comercialização do agronegócio.

Com as inscrições abertas desde o início de julho, mais de oito mil candidatos de todo o país já concorrem as 1.981 vagas oferecidas para o Curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil. Segundo os dados do Senar Nacional, o número de inscritos no processo seletivo passado (em dezembro de 2014), foi de cerca de cinco mil alunos, o que revela um aumento de em média 70% na procura pelo curso, em menos de um ano. Só na Paraíba, que possui dois polos de apoio presencial, até o momento já mostraram interesse em participar do curso 520 alunos. A oferta é de 120 vagas, sendo 80 para o polo de João Pessoa e 40 para Alagoa Grande.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba (Senar-PB), Mário Borba, o setor despertou interesse de novos alunos após a crise instalada no Brasil. “De certa forma, com esta crise, pudemos mostrar que o Agronegócio vem segurando a balança comercial do país. Em um momento onde a indústria está parada e outros setores em crescente desaceleração, a agropecuária vem mostrando que é a alternativa para reestabelecermos a nossa situação financeira. O lado positivo é que estamos melhorando a qualidade dos profissionais do setor e gerando oportunidade de empregabilidade, fatores determinantes para o crescimento da Paraíba”, concluiu Borba.

Alunos buscam capacitação em um mercado que aponta crescimento

Só no primeiro semestre de 2015, o agronegócio brasileiro teve a maior participação nas exportações nos últimos seis anos, respondendo por 45,9% das vendas externas totais do país. As informações são do Boletim do Agronegócio Internacional, publicação elaborada pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os embarques do setor totalizaram US$ 43,3 bilhões de janeiro a junho. As importações somaram US$ 7,1 bilhões e o segmento teve superávit de US$ 36,2 bilhões.

E é neste cenário que cada vez mais profissionais pretendem se inserir. Em busca de se especializar cada vez mais na sua área de atuação, Lhano Nishio resolveu ingressar no curso Técnico em Agronegócio do Senar na Paraíba. Formado em medicina veterinária, o aluno sentiu a necessidade de se capacitar a fim de complementar sua formação profissional. “Ingressei no curso com a finalidade de somar os novos conhecimentos com os já adquiridos na minha pós-graduação em Gestão de Agronegócio”, disse. “Estar sempre atualizado é um dos pré-requisitos básicos para se manter no mercado de trabalho atual”, completou Lhano.

Alunos do polo de João Pessoa em visita ao Laticínio Ideal

Alunos do polo de João Pessoa em visita ao Laticínio Ideal

Já para Jácio Medeiros, o objetivo foi outro. Filho de agropecuarista, ele é formado em matemática e é professor do estado. Decidiu fazer o curso com a intenção de administrar o sítio da família. “Depois de me aposentar pretendo voltar as terras do meu pai e gerenciá-las. Para isso, preciso de um conhecimento mais especifico em agronegócio”, falou. Para o professor o que mais facilitou sua entrada no curso foi por ele ser a distância. “Para quem trabalha o dia todo como eu, ficaria inviável ter aulas presenciais na maioria da grade curricular. Dessa forma consigo adequar os meus horários de estudos a minha rotina”, relatou.

De acordo com a chefe do Departamento de Educação Formal do Senar Paraíba, Poliana Queiroz, a demanda por mão de obra qualificada na área é o grande incentivo para os alunos que estão entrando no curso. “A agropecuária foi uma das atividades que mais cresceu nos últimos dez anos. Hoje o estado possui várias agroindústrias que pretendem absorver esses profissionais”, falou. Poliana também ressalta que o público que procura o curso é bem especifico e está de alguma forma ligado ao meio rural. “Na primeira turma do nosso curso tivemos agrônomos e zootecnistas, além de pessoas de outras áreas que tem seus trabalhos voltados para a produção agrícola e procuraram o curso a fim de se especializar”, comentou. Ela ainda alertou que no estado, 48% dos alunos matriculados possuem alguma graduação ou especialização.

A Paraíba conta com dois polos do curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec, sendo um localizado na sede do Senar Paraíba, em João Pessoa e outro no Sindicato dos Produtores Rurais, em Alagoa Grande. Inteiramente gratuito, o curso tem duração de dois anos e 80% das 1.230 horas-aula na modalidade à distância. Os outros 20% são realizadas nos polos de apoio presencial.

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