28 de junho de 2013

Agricultores aprendem a preparar fenação para ração


Ascom Senar-PB
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O Governo do Estado está levando técnicas de convivência com o semiárido para todas as regiões do Estado. Um bom exemplo são os trabalhos que estão sendo desenvolvidos no município de Santa Cecília, no território do Vale do Paraíba, onde mensalmente um evento é organizado para difundir uma tecnologia de convivência com a estiagem na região. Na quarta-feira (26), o escritório local da Emater Paraíba organizou um dia especial para divulgar a técnica da fenação na comunidade Maniçoba, com a participação de dezenas de agricultores familiares.
Esse processo consiste em retirar a umidade das culturas forrageiras para que possam ser armazenadas e fornecidas em períodos de escassez de alimento aos animais. A fenação mantém as características nutricionais e melhora a palatabilidade das culturas. Embora seja um método milenar, esse sistema de armazenamento é pouco conhecido pelos agricultores familiares de Santa Cecília. O feno foi feito com plantas nativas, especialmente com a cultura da maniçoba, bastante abundante nesta época.
Desta forma, a realização do dia especial sobre fenação serviu para colocar em prática o que está sendo difundido nos treinamentos e palestras sobre conservação de forragens que estão sendo realizadas pela Emater em todas as comunidades rurais do município. O dia especial sobre fenação contou com o apoio da Associação dos Agricultores Familiares da localidade.
O presidente da Emater, Geovanni Medeiros, lembrou que a extensão rural é uma das formas mais eficientes para que técnicas cheguem aos agricultores familiares, e na Paraíba esse trabalho é desenvolvido pela Emater. Adiantou que a fenação é uma iniciativa que está sendo levada a todo Estado com a finalidade de que não falte alimentação para o rebanho em período de estiagem.
“Para o feno ficar pronto é necessário que as plantas, depois de passarem em uma forrageira mecânica, fiquem pelo menos três dias ao sol e ao vento (variando com a cultura e temperatura ambiente) para secar e, após estar completamente secas, devem ser armazenadas em sacos de 50 kg (também podem ser enfardados) e posteriormente colocados em uma área protegida da umidade para evitar perdas”, explicou o extensionista Ailton Francisco dos Santos, chefe da Unidade Operadora de Santa Cecília, que integra a regional da Emater em Campina Grande.
O semiárido brasileiro está passando por uma das piores secas das últimas cinco décadas e, embora pessoas não estejam morrendo como em períodos passados, devido às ações governamentais e programas sociais, as atividades agropecuárias estão prejudicadas. Em todos os Estados, milhares de animais morreram e ainda estão morrendo em consequência do prolongamento da estiagem, cultivos agrícolas e culturas anuais não fazem mais parte da paisagem nordestina há pelo menos dois anos.
Existe a necessidade de desenvolver técnicas que possam ser aplicadas na região, de forma eficiente, que venham beneficiar os agricultores do semiárido. Tais técnicas até já existem, algumas desenvolvidas há anos. O que é preciso, segundo os técnicos da Emater, é o aprimoramento de algumas dessas técnicas e a difusão delas no meio rural, especialmente entre os pequenos agricultores familiares. 
Fonte: Secom-PB