1 de abril de 2013
Agricultura de precisão reduz gastos com insumos
A adoção de sementes transgênicas e a mecanização dos processos da lavoura já estão presentes nas culturas de soja há duas décadas, mas o manejo do solo com aplicações tecnológicas só foi adotada por Silvésio de Oliveira, de Tapurah, em Mato Grosso (MT), há dois anos. Conhecida como agricultura de precisão, a técnica consiste no mapeamento da fazenda em microáreas (grids) para a identificação das dessas com melhores condições de solo e maior produtividade.
A partir dessa análise, é possível realizar as correções na terra de acordo com as características de cada microárea. Oliveira contratou uma empresa que presta o serviço pela primeira vez na safra 2011/2012. O primeiro passo é a análise do solo por satélite, que divide a propriedade em microárea de acordo com variações de cor e tamanho dos pés de soja. O segundo passo é a coleta de amostras de solo de cada grid, que são levados a laboratórios para identificar quais as deficiências de cada perímetro. Com o resultado de cada bloco, o agricultor insere os dados em computadores instalados nas máquinas de correção do solo e, partir de então, segue para a terceira fase, que é a aplicação de calcário ou adubo de acordo com as características de cada perímetro. “O equipamento faz a distribuição de acordo com taxas variáveis, então onde precisa mais calcário, cai mais, onde precisa menos, cai menos, onde não precisa nada, não cai nada. Com o adubo é a mesma coisa”, relata o sojicultor. Nas últimas safras, Oliveira diz que houve entre 4% e 5% em ganho de produtividade.
Fonte: DCI