21 de março de 2022

Irmãos atendidos pela ATeG dizem ter melhorado sua renda em quase 80%

Irmãos Márcio e Maylson

Desde muito novos os irmãos Márcio e Maylson Gonsalves, residentes na cidade de Parari, no Cariri paraibano, sonhavam ter uma criação de caprinos Boer. Ambos já tinham o desejo de investir na cadeia produtiva, no entanto os custos para manter a criação eram altos.

“Meu sonho era criar a raça Boer e pretendo melhorar muito ainda”, disse o produtor Márcio Gonçalves.

O que levou ele e sua esposa, Milagres, até o Rio de Janeiro em 2013, sem nenhuma promessa de trabalho. Na expectativa de conseguir uma melhor condição financeira para investir no seu sonho, Márcio conseguiu um emprego como porteiro e sua esposa como doméstica, após algum tempo sem atividade.

Parte da renda obtida era enviada para o seu irmão Maylson, e o restante investiram na compra de um terreno na cidade natal, para a realização de outro sonho que era a casa própria.

“Estamos chegando em um nível que nunca tinha visto”, diz apicultor assistido pela ATeG

Maylson por sua vez, ficou responsável por cuidar dos caprinos. Sempre mantendo o contato com seu irmão para saber a melhor maneira de realizar o investimento, e juntos decidiram apostar no melhoramento genético dos animais.

Sem nenhuma estrutura ou preparo sobre o assunto, começaram com a criação, contudo, não estava dando certo, e foi com a chegada da Assistência Técnica e Gerencial do Senar (ATeG) e do AgroNordeste que começaram de fato a se organizar de forma correta e observar uma melhora perceptível na renda.

Irmãos Márcio e Maylson

“Através do Senar, estamos melhorando o nosso rebanho. Quando ele chegou aqui nós tínhamos 5 novilhas, agora temos matrizes. A renda da nossa família quase que dobrou, foi um aumento de quase 80%”, diz Márcio.

“Ele também nos forneceu os cursos de casqueamento e vacinação, agregando no nosso conhecimento”, comentou Maylson.

O técnico de campo do Senar, Robson Carneiro, disse que uma das primeiras coisas que ele pontuou na propriedade foi a estrutura e o potencial para caprinocultura de leite. Eles aderiram a sugestão e investiram tanto em um curral para as cabras de leite como no suporte forrageiro.

Produtores Márcio e Maylson e o Técnico de campo do Senar, Robson Carneiro

“Viram que estava dando certo e agora continuam a investir no leite e na genética. Agora eles se planejam chegar na média de 100 litros por dia, tendo todo cuido para adquirir novos animais. Tendo um rebanho sadio o produtor vai se sair melhor com certeza”, disse o técnico.

No início eles trabalhavam com a caprinocultura de corte. Hoje, conseguiram realizar o melhoramento genético e passaram a fazer os registros, além de serem associados a Associação Brasileira de Criadores de Caprinos (ABCC) e APRAPE.

Ao retornar para Parari, após nove anos, Márcio recebeu a sugestão de Maylson para que eles trabalhassem com a venda de leite, pois só a venda para corte não seria suficiente para se manterem. Em março de 2020, Márcio regressou para casa e compraram cabritas Toggenburg, iniciando a produção de leite para comercialização.

Hoje eles possuem 17 cabras para leite e 12 são para lactação, produzindo cerca de 43 litros leite ao dia, destinados a usina de Parari. Já Boer, possuem 30 animais e vendem apenas para genética.

Produtores Márcio e Maylson e suas esposas Allane e Milagres

Com a volta do seu irmão, Maylson foi para o Rio Grande do Norte acompanhar a sua mulher que estava trabalhando por lá. Um dos motivos foi levantar fundos para construção de sua casa, sonho que está em obra. Passaram um ano por lá, mas resolveram voltar e dar continuidade na produção com seu irmão.

Milagres, esposa de Márcio falou um pouco sobre como o Senar impactou na mudança de vida deles “Sem o Senar eles trabalhavam sem o incentivo, faziam o que sabiam. Agora com o Senar eles trabalham com gosto. Sabendo que mais pra frente tudo vai mudar, já está mudando”, disse ela.

Jovem e realizado, Márcio finaliza orgulhoso ao falar sobre a realização de seu sonho “O meu sonho era ter o que tenho hoje aqui, a genética de animais mais apurada. Por que minha paixão é a criação Boer”, finaliza ele.

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