8 de março de 2017
Jovens iniciam viagem técnica pela Nova Zelândia
Izaura Recy Souza Freire Sales, Jaoquim Souza Lima Neto e Morganna Medeiros de Miranda começaram a desbravar o potencial agropecuário da Nova Zelândia. No país desde domingo (5/3), os três vencedores do Programa CNA Jovem já realizaram as primeiras atividades previstas na programação de 10 dias pela Nova Zelândia.
Após desembarcarem em Auckland, o grupo se deslocou até a ilha de Waiheke, conhecida como a ilha do vinho. Lá os jovens percorreram vinhedos e provaram vinhos e produtos típicos. Na segunda-feira (6/3), o destino foi a região de Waikato, considerada o coração da produção leiteira da Nova Zelândia. A programação incluiu uma fazenda de caprinos, uma de leite e ovinos e o Instituto de Tecnologia de Waikato (Wintec), entidade que oferece cursos na área agropecuária.
“No Wintec, jovens de vários lugares do mundo têm a oportunidade de fazer cursos técnicos sem entrar numa faculdade e isso abre a possibilidade de conseguir um emprego, o que é muito bom. Também conversamos com um dos representantes do Instituto, que vai para o Brasil, com o objetivo de firmar uma parceria com o SENAR. A intenção é que tenha um intercâmbio de conhecimento entre os jovens de ambos os países”, conta Jaoquim.
Em Hamilton, maior cidade da região, a comitiva do CNA Jovem passou pelo Livestock Improvement Corporation (LIC) – empresa de comercialização de sêmen bovino – e visitou outra fazenda modelo de gado leiteiro nesta terça-feira (7/3). Toda a viagem está sendo acompanhada pela chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa, e pela médica veterinária brasileira Lúcia Chagas, da empresa Agriconnects, que organizou o roteiro.
Pontos como a simplicidade na forma de produzir e a eficiência chamaram a atenção de Morganna. Ela também ficou encantada com a qualidade alcançada pelo leite, com altos índices de gordura e proteínas. “Os grandes segredos dos níveis de produção tão elevados são atitudes simples e que podem ser aplicadas no Brasil, como na alimentação do gado, que é 85% de silagem e pasto. Com isso, o custo de produção deles é bem menor que o nosso. Uma curiosidade é que após a ordenha, as vacas vão para piquetes com nabos plantados, que aqui é como se fosse uma praga. Isso ajuda a hidratar e a recuperar a energia delas. O resultado dessas pequenas diferenças é um leite saboroso, com bastante gordura e proteínas, os dois itens mais valorizados na Nova Zelândia”, destaca Morganna.
Outro aspecto que os jovens puderam presenciar foi o sistema de sucessão familiar que acontece nas fazendas neozelandesas. Izaura ficou impressionada com uma tradição do país: lá, se quiserem permanecer na atividade, os filhos precisam comprar as terras dos pais.
“A sucessão não acontece na forma como estamos acostumados. Os filhos não herdam a terra. Eles têm que comprar a terra do pai, pelo menos em vida. Não é uma coisa dada como acontece no Brasil. Os filhos não se sentem donos da propriedade do pai. É preciso conquistar o seu espaço para trabalhar”, conta ela.
Confira a reportagem exibida no Canal do Produtor TV:
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