16 de fevereiro de 2017

SENAR integra grupo técnico sobre gestão das águas na Paraíba


Ascom Senar
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A gestão das águas na Paraíba é tema de interesse do produtor rural que sofre há pelo menos cinco anos com a estiagem que atinge o Nordeste. Um evento realizado em Campina Grande discutiu o tema esta semana e teve como resultado a formação de um grupo técnico permanente para tratar da questão. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba é uma das instituições que compõe essa equipe.

“A Federação da Agricultura e o SENAR vão acompanhar esse processo para representar o setor agropecuário. Isso fará com que as estratégias desenvolvidas atendam o produtor rural e não apensa outros segmentos. Todos os setores precisam de água e por isso mesmo essa representação se faz necessária”, comentou o superintendente do SENAR/PB, Sérgio Martins.

Além do superintendente, a comitiva da instituição foi composta pelo chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS), Carlos Alberto Patrício, o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (DATER), Gabriel Petelinkar e assessor da presidência, Domingos Lélis, que representará o SENAR no grupo Técnico.

Equipe do SENAR/PB com o presidente da Apacco, Pedro Martins (esquerda) e delegado de agricultura do estado do Colorado, Don Brown (à esquerda no centro)

Equipe do SENAR/PB com o presidente da Apacco, Pedro Martins (esquerda) e delegado de agricultura do estado do Colorado, Don Brown (à esquerda no centro)

A transposição das águas do Rio São Francisco foi um dos principais temas discutidos. Dois eixos da obra atravessam a Paraíba, que é um dos estados mais beneficiados. A obra também atenderá o Ceará, Pernambuco e o Rio Grande do Norte.

O superintendente adjunto da Agência Nacional de Águas (ANA), Carlos Motta, explicou que a capacidade de vazão do sistema é de 26,4 m3/segundo, que será destinada para consumo humano, mas também para dessedentar animais.

“O volume de águas liberado pela transposição é pequeno para ser utilizado com a irrigação no setor agropecuário. Mas a expectativa é que a obra possibilite que os reservatórios locais se restabeleçam. Com isso haverá água para agricultura”, comentou Carlos.

O modelo que será implantado no Nordeste é diferente de outros já existentes, por exemplo, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Na região, a transposição vai atender mais de um estado, o que exige intervenção federal. Além disso, a liberação da água não precisará acontecer de maneira ininterrupta, pois quando os reservatórios receberam a água, não haverá necessidade de manter a vazão.

O seminário “Gestão Estratégica das Águas – Uma agenda para o desenvolvimento do sustentável da Paraíba e do Nordeste” contou com a participação de autoridades do estado americano do Colorado.

Transposição das águas do Rio São Francisco vai beneficiar a Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará

Transposição das águas do Rio São Francisco vai beneficiar a Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará

No semestre passado, uma comitiva paraibana formada pelo presidente da Faepa e do Conselho Administrativo do SENAR, Mário Borba, o diretor técnico do Sebrae, Luiz Alberto Amorim, o superintendente do Banco do Nordeste, Wesley Maciel, além do presidente da Federação da Indústria, Buega Gadelha, esteve nos Estados Unidos para conhecer a experiência de gestão no Colorado.

Durante sua apresentação, o representante americano explicou que foram feitas 17 transposições de recursos hídricos para o leste do Estado, sentido para o qual houve mais crescimento populacional. “Nós temos muito em comum e vocês terão um futuro brilhante com os suprimentos hídricos adicionais”, comentou Eric Wilkinson, diretor Geral Northern Colorado Water Conservancy District.