27 de fevereiro de 2013

Setor aposta em peixe sustentável


Ascom Senar-PB
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Mato Grosso vem registrando crescimento no setor da piscicultura e investindo na criação de “peixe sustentável”. Para isso, tem implementado ações de comercialização e melhoramento das técnicas de manejo para oferecer ao consumidor um pescado de qualidade, cujo processo de produção consuma o mínimo possível de recursos naturais.
Exemplo disso é que hoje, a cada 10 quilos de pescado produzidos no Estado, apenas 1,5 kg é proveniente da atividade extrativista, onde o pescador retira o peixe do rio. Por outro lado, os outros 8,5 kg são oriundos da piscicultura sustentável, na qual, para cada alevino retirado dos tanques outro é colocado.
No Estado, atualmente, conforme o presidente da Associação de Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat ), Jules Ignácio Bortoli, são 950 piscicultores e cerca de 4 mil pessoas dependem da produção como fonte de renda. Ele revela ainda que desse total, são apenas 104 associados à Aquamat, mas que juntos são responsáveis por 80% da produção de peixes de Mato Grosso que é comprada pelos frigoríficos que atuam na industrialização e comercialização. As metas do setor segundo ele, são desenvolver e estruturar as unidades produtivas em termos de legislação e licenciamentos ambientais.
Uma das responsáveis pela expansão da atividade e produção de peixes no Estado está a Nativ, empresa de pescados de aquicultura, a maior de Mato Grosso com sede no município de Sorriso (a 420 km de Cuiabá) empregando cerca de 300 colaboradores e com capacidade para produzir até 5 milhões de alevinos por ano e abater mais de 22 mil kg por dia. A empresa informa que agora recebe o aporte de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) voltado ao mercado de aquicultura, administrado pela empresa Global Equity.
Esse fundo possui um valor total de R$ 200 milhões, com a primeira chamada de R$ 44 milhões para este mês, o que de acordo com o presidente da empresa, “dará suporte a curva de crescimento da Nativ aumentando o volume produtivo e conseqüente ampliação de portfólio e faturamento”.

Fonte: A Gazeta/ Welington Sabino