2 de julho de 2012

Substância do feijão faz bem ao coração


Ascom Senar-PB
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Estudo inédito do Instituto Agronômico (IAC) de Campinas, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), encontrou quantidade expressiva de isoflavona, ácido que previne doenças coronárias, no feijão.
Pesquisadores de outros países diziam que a quantidade da substância em um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros era inexpressiva. Os estudos mostraram que a variedade de feijão IAC Formoso tem 10% da quantidade de isoflavona encontrada na soja. “Esse teor é expressivo, pois o brasileiro come regularmente feijão e não soja”, diz o pesquisador Alisson Fernando Chiorato, do IAC.
A substância é usada também na reposição hormonal pelas mulheres. Nos estudos, ficou constatado que a quantidade de isoflavona varia conforme a variedade do feijão. “A quantidade encontrada no feijão Pérola, que é padrão no mercado, foi de 0,8 mg/grama, enquanto no IAC Formoso foi de 8,92 mg/grama”, explica Chiorato.
“Ainda precisamos aprofundar o estudo, mas observamos quantidade elevada de isoflavona também no feijão preto e em fontes relatadas como resistentes ao caruncho e ao fungo Fusarium oxysporum. Possivelmente, quando trabalhamos nossas variedades para resistir às doenças, podemos aumentar indiretamente a quantidade de isoflavona”, explica.
A pesquisa começou após o lançamento da variedade IAC Formoso, em 2011, como resultado de sete anos de melhoramento genético do feijão.
Chioratto atribui a demora na descoberta do ácido fenólico no grão ao desinteresse dos pesquisadores. “Embora o feijão seja consumido no mundo todo há muitos anos, sempre se teve a soja como o grão rico em isoflavona”, diz. “Com certeza outras áreas do conhecimento se interessarão pelo assunto.”
Fonte:  José Maria Tomazela – O Estado de S.Paulo