3 de janeiro de 2014

Um ano de vitórias do agronegócio brasileiro


Ascom Senar-PB
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O ano de 2013 foi marcado pelo bom desempenho de praticamente todas as áreas da agricultura brasileira. Na prática, não tivemos nenhuma crise setorial; nenhum produto teve situação de escassez ou superoferta. As grandes cadeias produtivas – carnes, grãos, leite e hortifrutigranjeiros – apresentaram resultados compensadores.
Na área de insumos, 2013 foi um ano tranquilo, ao contrário de 2012, quando o encarecimento dos insumos, colocou em situação de risco a avicultura industrial e a suinocultura industrial brasileira, levando muitas empresas à bancarrota. Em 2013, o custo do milho e do farelo de soja – principais componentes da nutrição animal – retornaram aos níveis habituais e restituíram a viabilidade econômica do setor.
O maior desafio foi manter e ampliar os níveis de exportação, enfrentando as deficiências estruturais e logísticas. Os preços internacionais também tornaram difíceis a manutenção dos níveis de receita no setor. O ponto forte foi avançar lentamente em novos mercados e nos mercados tradicionais. A festejada abertura do Japão precisa ser melhor avaliada. É preciso calma para conquistar credibilidade e confiabilidade para o produto brasileiro acessar o mercado japonês de carne suína. O Brasil não irá exportar grandes volumes de imediato.
O Brasil tem poder competitivo lastreado em sanidade, estrutura de plantas industriais modernas, preço, qualidade e tradição de pontualidade, comprovada no fornecimento de carne de frango há mais de 30 anos. Japão não aumentará o volume de suas importações apenas porque abriu o mercado para o produto brasileiro. O Brasil terá que disputar o fornecimento para o mercado japonês, hoje abastecido por Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.
As exportações de suínos para a China continental também prometem crescer. De outro lado, as vendas externas de frango avançaram para novos mercados, pois é um alimento barato e sem restrições em todo o mundo.
A atividade leiteira foi responsável, em 2013, por grande parte da renda das famílias rurais. Durante todo o período, o nível de remuneração garantiu ganhos expressivos para os criadores e indústrias. O aumento da base produtiva e os intensos investimentos na profissionalização dos criadores resultaram na qualificação do setor de forma que, atualmente, Santa Catarina caminha para ser uma das maiores bacias leiteiras do Brasil.
As projeções para 2014 são otimistas. Os preços dos grãos devem permanecer estáveis, pois a safra atingirá 196 milhões de toneladas, garantindo suficiente oferta de milho e soja para o suprimento da imensa cadeia produtiva de aves e suínos. Essa condição evitará surpresas, como o superencarecimento dos insumos que ocorreu em 2012. Com a retomada do crescimento mundial, os mercados para produtos alimentícios se expandem em todos os continentes. Vem aí mais um ano bom para a agricultura, o agronegócio e o Brasil.
Fonte: DCI