4 de outubro de 2022

Visita técnica encerra programação do 10º Congresso de Palma e do 3º Agropec em João Pessoa


Ascom Senar
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Participantes visitaram propriedade rural e Instituto de Pesquisa

Brasília (30/09/2022) – Representantes de diversos países que participaram do 10º Congresso de Palma e Cochonilha, em João Pessoa (PB), conheceram a produção de palma forrageira, na quinta (29), durante o dia de campo que encerrou a programação do Congresso e do 3º Agropec Semiárido.

As visitas aconteceram na propriedade de pecuária de leite do produtor Antônio Dimas Cabral, no município de Caturité, e no Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande. A ideia foi saber um pouco mais sobre o plantio da forrageira na região e o uso dela na alimentação do rebanho.

Dia de Campo

A fazenda de Cabral tem 65 hectares de área plantada com duas variedades de palma em sequeiro: a orelha de elefante e a miúda. Cada hectare tem aproximadamente 70 mil mudas de palma plantada com diferentes idades. Segundo o produtor, ele colhe 400 toneladas/ano a depender do manejo e do índice pluviométrico e a variedade com maior rentabilidade por hectare é a orelha de elefante.

A espécie raça criada na propriedade é a girolando e cada vaca leiteira consome em média de 90kg a 100 kg de matéria verde de palma ou 10 kg de matéria seca. O rebanho, que tem em torno de 140 animais em lactação, produz 2.300 litros de leite por dia.

Palma forrageira

O produtor explicou que o concentrado da alimentação do rebanho contém farelo de soja e milho e, apesar da palma ser fonte de energia, há uma completação de fibras com silagem ou bagaço de cana.

“A palma é a salvação da nossa região, faz parte da nossa sobrevivência e não conseguimos criar aqui sem a palma. Esse Congresso merece aplausos porque está buscando desenvolver a cultura para aumentar nossa produção. A palma se desenvolve bem com pouca água, pouca chuva, então, acredito que conseguiremos resolver nossos problemas em relação à cultura”, afirmou Cabral.

Produtor de leite fala sobre plantio da palma para alimentação do rebanho.

No Instituto Nacional do Semiárido, o grupo conheceu a produção de palma consorciada com outra forrageira, a gliricídia, o projeto de reuso de água para irrigação e uma unidade de pesquisa com plantação de palma.

Os integrantes do grupo avaliaram de forma positiva os trabalhos com a forrageira na região do semiárido. O 10º Congresso de Palma e Cochonilha recebeu representantes de 16 países e de todos os estados da região Nordeste, além de Minas Gerais.

“O dia de visita de campo apresentou vários panoramas que mostram a realidade do cultivo da palma forrageira, dentre muitas variedades e além de suas potencialidades. Ao estar in loco com pessoas que têm interesse na cultura, tivemos a oportunidade para debater e buscar as melhores formas para o desenvolvimento da palma”, afirmou Breno Marinho Leite Falcão, produtor rural e estudante do Senar Paraíba.

O presidente do Congresso e da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa/PB), Mário Borba, fez a cerimônia de encerramento e ressaltou a importância da palma para o semiárido nordestino.

Grupo visita o Instituto Nacional do Semiárido (Insa).

“A palma é o carro-chefe da nossa agropecuária, sem ela não se cria no semiárido. Acredito que chegou a hora do Nordeste brasileiro contribuir para a alimentação do mundo. Nós, que representamos a Federação e o Sistema CNA/Senar, nos sentimos satisfeitos e gratificados por tudo que aconteceu durante esses quatro dias.”

Segundo Borba, mais de 3.000 pessoas frequentaram o Congresso e mais de 80 participaram das visitas, “então, só tenho a agradecer aos parceiros, patrocinadores e aos produtores que estiveram conosco.”

Colheitadeira de palma – Durante os dias dos eventos no Centro de Convenções de João Pessoa, o público pôde conhecer o protótipo da máquina colheitadeira de palma que está sendo desenvolvida pela empresa Laboremus. A CNA apoiou o desenvolvimento da pesquisa e do protótipo em um período de dois anos.

Colheitadeira palma

O equipamento funcionará acoplado ao trator. A palma será transportada por uma esteira até o carroção ou direto ao vagão forrageiro, que fará a trituração do produto e pode ir direto para os cochos de alimentação dos animais, que otimizando o processo produtivo.

“Nossa ideia era conhecer o mercado, ter percepção e perspectiva do público e foi muito bom. Vamos voltar para Campina Grande e ir a campo para fazer testes e traçar uma linha de trabalho. A ideia é fazer isso o mais rápido possível”, afirmou Fabiano Dias de Sousa, diretor comercial da Laboremus. A previsão para lançamento da colheitadeira é o primeiro semestre de 2023.

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