26 de junho de 2017

Alunos do SENAR conhecem experiências de responsabilidade social e ambiental no agronegócio


Ascom Senar
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Turma visitou o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão

Turma visitou o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão

As aulas práticas do curso Técnico em Agronegócio do SENAR surpreenderam os alunos com empresas e propriedades que mantém o agro com responsabilidade social e ambiental. A atividade aconteceu no último dia 17 e mobilizou turmas dos três polos do curso, nas unidades curriculares de Responsabilidade Social e Ambiental no Agronegócio, Técnicas de Produção Animal e Técnicas de Produção Vegetal.

Na área socioambiental, os estudantes do polo de João Pessoa conheceram a SIG Ambiental, uma empresa que coleta rejeito das marisqueiras para adubação na agricultura. Eles recolhem as conchas e processam em granulometrias (espessuras) diferenciadas para auxiliar na adubação.

“Eu nunca vi nada parecido. A maneira que eles atuam e aproveitam tudo é fantástico, desde a captação de água da chuva até o processamento do substrato mostra que a empresa leva a questão ambiental a sério”, comenta Regina Guedes, aluna do polo de João Pessoa.

As conchas possuem alto teor de cálcio e magnésio e não agridem o meio ambiente como a exploração de gesso e esse processo já é utilizado há 10 anos. “Hoje eu vendo esse produto para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e também para Brasília”, explicou o produtor Emmanoel Lopes.

Conchas

Conchas

O curso técnico, que é semipresencial, conta com visitas técnicas para que os alunos visualizem na prática a parte teórica estudada. Os alunos de Campina Grande visitaram a Associação Oito Verde e uma propriedade de caprinocultura orgânica. A associação foi criada com o objetivo de reflorestar as áreas de preservação permanente (APPs) do rio Paraíba e do açude Boqueirão. Eles utilizam mudas da mata nativa da região do cariri para reflorestamento.

Na propriedade de caprinocultura conheceram como produzir queijo orgânico com o manejo alimentar de espécies nativas, forrageiras, que oferecem o status de bio-orgânico. A dificuldade com a seca não é um impedimento para a produção do queijo e isso deixou o aluno Franklin Gomes impressionado.

“Eles têm uma mentalidade diferente com a convivência do semiárido. O jeito como lidam com a palma consociada com a forragem nativa, acredito que devemos copiar práticas como essa”, analisa o aluno.

O ponto de vista de um produtor rural sobre sustentabilidade foi o destaque da aula no polo de Alagoa Grande. O nosso grande problema no semiárido é a falta de água e eles viram tanto culturas que não conseguiram sobreviver com a irregularidade pluviométrica, o amendoim, como também a adaptação de outras culturas, a experiência de variedade de 60 dias de feijão, uma colheita 30 dias mais rápida.

“Toda água que cai é direcionada para uma cisterna por gravidade e a água fica armazenada pois não corre o perigo de evaporação. Também mostrei o nosso biodigestor, que transforma esterco de gado em gás de cozinha”, explicou o produtor rural Carlos Alberto Patrício sobre algumas das práticas que desenvolve na propriedade.

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