6 de abril de 2021

Aumento na produção de leite faz crescer parcerias por tanques de resfriamento na Paraíba


Ascom Senar
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Ordenha mecânica na propriedade de Irivanildo Leite

Seu Irivanildo Leite Guimarães é produtor de leite em São José de Caiana, município da região conhecida como Vale do Piancó, uma tradicional bacia leiteira no Sertão paraibano. Ele é um dos 25 criadores, atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar, que se viram diante de um dilema: aumentaram a produção, mas não tinham clientes para quem vender.

A solução veio com a instalação de tanques de resfriamento que recebem a produção até a coleta pelo Laticínio Lutty, em novembro do ano passado. A agroindústria produz queijos, manteiga, doces e requeijão e atualmente está pagando R$ 1,63 pelo litro do leite.

“Foi algo maravilhoso, não só para mim, mas para todos produtores que tiram o seu ganha pão do leite. Eu já cheguei a colocar leite num tanque da cidade vizinha, Itaporanga, mas os meus custos eram maiores, eu pagava frete e ainda recebia menos pelo leite. Agora melhoraram até a rotina de trabalho e a qualidade de vida”, afirmou o produtor.

Produtor rural, Irivanildo Leite Guimarães (esq.) e o vice-presidente do Sindicato Rural, Luiz Júnior (dir.)

A conquista do tanque só foi possível através da atuação do Sindicato Rural de São José de Caiana. O problema foi percebido pelo então presidente, Luiz Júnior, desde 2017, mais ou menos quando também começou a atuar como técnico de campo da ATeG do Senar. Só que além da dificuldade de acesso ao mercado, também havia outros problemas na cadeia produtiva.

“Comecei a observar o potencial leiteiro da região e em parceria com o Senar, iniciamos capacitações de fabricação de derivados do leite, armazenamento de forragem (fenação e silagem), assistência técnica e gerencial na atividade de bovinocultura leiteira”, comentou.

As negociações para instalação do primeiro tanque duraram cerca de 2 anos. Mas para conseguir o segundo foi bem mais rápido e aconteceu em fevereiro deste ano, cerca de 5 meses depois do primeiro. Isso porque o tanque anterior já não dava mais conta do volume que saltou de 262 litros por dia para, com 9 produtores, para 800 litros atualmente, com 25 criadores.

Do valor pago pelo leite ao produtor, R$ 0,10 é retirado para manutenção da estrutura: despesas como energia, água, aluguel, funcionário, produtos de limpeza e para a testagem do leite. Os tanques estão instalados num prédio próximo à sede do sindicato.

Realidade também em outros municípios

Iniciativas semelhantes estão sendo desenvolvidas por Sindicatos Rurais em outros municípios paraibanos. É o caso de Olivedos e Gurjão, no Cariri, São Mamede, no Sertão e Conceição, no Alto Sertão do Estado. Todos são beneficiados pelo programa Agronordeste, uma parceria entre o Mapa, Anater e o Sistema CNA.

Nessa última cidade, a parceria também foi com o laticínio Lutty e já beneficia 17 produtores que entregam em torno de 400 litros/dia. O faturamento bruto já chega a R$ 20 mil por mês e os efeitos já estão sendo percebidos, segundo o presidente do Sindicato Rural de Conceição, Vicente Ramos.

“Os produtores estão todos satisfeitos porque, antes da instalação do tanque, eles não tinham a quem vender. Agora, a gente já houve relatos sobre o desejo de aumentar a produção e fazer melhoramento genético dos rebanhos. Fora o impacto no comércio local e também na contratação de mão-de-obra nas propriedades”, comentou o presidente.

O tanque está instalado na sede do Sindicato e os custos com energia elétrica são compartilhados entre produtores e o laticínio. O litro é comprado a R$ 1,60, mas o repasse aos produtores é de R$ 1,55. A agroindústria completa a despesa da eletricidade com mais R$ 0,05 por litro.

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