21 de agosto de 2016

Diferencial para exercer liderança é debatido pelo CNA Jovem


Ascom Senar
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Jovens debateram os diferencias do líder em diversas atividades

Jovens debateram os diferencias do líder em diversas atividades

Diferencial do líder, inovação, mediação das diferenças, diálogo e valor da liderança. Esses foram os principais temas trabalhados no segundo encontro presencial do CNA Jovem, que aconteceu neste final de semana, em Brasília. O programa reúne participantes de 21 estados e do Distrito Federal e é desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). O CNA Jovem tem como foco desenvolver jovens lideranças de todo o País para impulsionar ainda mais o setor empresarial rural.

A programação envolvendo os 81 participantes começou na sexta-feira (19/8), com a palestra “O Futuro da Tecnologia e a Tecnologia do Futuro: Oportunidades e Desafios para o Brasil e o Mundo? De alimentos impressos 3D até a carne cultivada”, do professor da Singularity University, dos Estados Unidos, Jose Cordeiro. Especialista em tecnologia e energias renováveis, o pesquisador destacou que a biotecnologia está transformando todo o setor alimentar do mundo e que o produtor brasileiro vai precisar se adaptar às novas mudanças para continuar exercendo o seu papel de destaque na agropecuária mundial.

Jose Cordeiro

Jose Cordeiro

“Cientistas estão trabalhando para criar carne artificial e produtos com vitaminas minerais, por exemplo. Os brasileiros são muito criativos e deverão desenvolver novas ideias e oportunidades para que o país continue sendo um líder agrícola no mundo. Há empresas brasileiras, como a Embrapa, que está fazendo coisas incríveis, trabalhando com nanotecnologia para melhorar os produtos. Sou muito otimista com os jovens líderes brasileiros que trabalham nessa área”, declara.

Jovens formaram um grande mapa do Brasil numa das atividades

Jovens formaram um grande mapa do Brasil numa das atividades

Durante o final de semana, os jovens participaram de diversas atividades, com destaque para uma dinâmica de integração onde eles precisaram se organizar conforme a posição do seu respectivo estado em um mapa do Brasil sobre um gramado de futebol. Outro exercício que mobilizou os integrantes do programa foi o Bosque do CNA Jovem 2016. Divididos em grupos, eles plantaram mudas de árvores nativas do Cerrado que representaram os cinco focos de liderança definidos – institucional, acadêmica, empresarial, política e sindical. A programação também incluiu as palestras “A Mediação das Diferenças”, com a médica Tânia Almeida, e “Economia Circular”, com Luisa Santiago, da Fundação Ellen MacArthur.

Participantes criaram o bosque do programa

Participantes criaram o bosque do programa

A chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa Alves, ressalta que o evento buscou alinhar os conteúdos desenvolvidos no primeiro encontro – que teve como tema propósito de liderança – e trabalhar os conhecimentos  de forma prática. Segundo ela, a programação também debateu pontos polêmicos que fazem parte do cenário atual e exigem a adaptação daqueles que desejam ser líderes.

“O mundo está em constante mudança. Algumas podem ser ameaças, mas outras representam oportunidades. Os diferenciais de um líder são foco, capacidade de comunicação, persuasão e coerência entre o que fala, acredita e faz”, observa.

Andréa Barbosa

Andréa Barbosa

Troca de conhecimentos e realidades

A oportunidade de adquirir conhecimentos e interagir com a realidade dos colegas é uma dos principais características do CNA Jovem na opinião do biólogo Arleson de Jesus Coelho, 29 anos. Instrutor do Sindicato Rural de Serra do Navio (AM), ele lembra que as “regionalidades” ampliam a visão dos participantes e podem contribuir para melhorias na forma de atuação de cada um deles nos seus estados. “As atividades são motivadoras e nos tiram da zona de conforto. O programa desperta uma nova visão individual e do agro, em geral. Antes eu pensava só nos problemas e, agora, comecei a ver soluções para as questões e para o futuro”, revela.

Samir Dultra Abdalla, 28 anos, representante da Bahia, avalia que a abordagem do programa não é limitada ou específica. Para o engenheiro florestal, a iniciativa apresenta um conjunto de opiniões para que cada um possa fazer a sua própria avaliação e definir o seu propósito de liderança. “Permite que você pense, raciocine e desenvolva o seu pensamento. Não te coloca enclausurado. O CNA Jovem busca formar lideranças para o nosso setor, mas que também possam ocupar posições em todas as áreas”.

Na opinião da engenheira agrônoma Joyce Caroline da Silva Teixeira, de 25 anos, as diferenças e a interação proporcionadas pelo programa estão despertando uma nova perspectiva sobre a cadeia produtiva de todo o seu estado. Com esse olhar mais amplo, ela, que trabalha como instrutora do SENAR Pará em uma área produtora de dendê e cacau, acredita que poderá contribuir para desenvolver regiões com outras potencialidades, como grãos, pecuária, extrativismo e pesca. “O programa provoca em nós uma mudança interna. Permite eu me realocar, ver qual o meu papel e como posso responder de forma positiva para ajudar. Acho que um líder precisa ser humano, saber lidar com as diferenças dos outros e se fazer ser entendido com facilidade, mas, acima de tudo, ser autêntico e mostrar a sua marca”, define.

Os próximos encontros acontecerão de 14 a 16 de outubro e de 25 a 27 de novembro e terão como temática empreendedorismo e comunicação. A carga horária total do processo de desenvolvimento será de 224 horas. Os três primeiros colocados desta edição ganharão uma viagem de 12 dias para a Nova Zelândia, em março de 2017, e um curso presencial de inglês.

Assessoria de Comunicação do SENAR
Fotos: Wenderson Araújo
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