10 de junho de 2019
Faepa e Senar realizam Dia de Campo do projeto Forrageiras para o Semiárido
O Sistema Faepa Senar realizou um Dia de Campo para divulgação dos resultados parciais do projeto “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”, que estuda plantas mais resistentes ao clima e condições da região para serem oferecidas como alimentação animal.
O evento aconteceu na Unidade de Referência Tecnológica (URT) de Tenório, no Cariri paraibano, na última sexta-feira (7), e reuniu 150 pessoas entre produtores rurais, técnicos e estudantes das áreas de ciências agrárias, assim como representantes de prefeituras e outras instituições que trabalham com o meio rural.
“Um campo como esse traz muitos benefícios para região. Já temos empresas comerciais e também de pesquisas interessadas em conhecer melhor os nossos resultados. Demonstramos aqui como o plantio em consórcio pode trazer mais conforto para as plantas e animais. Os produtores precisam saber disso”, afirmou o presidente do Sistema Faepa/Senar-PB, Mário Borba.
A URT do projeto tem um hectare onde foram cultivadas diversas variedades de palma, capim, milheto, sorgo, milho e árvores leguminosas, como gliricídia e moringa, tanto de maneira solteira, como em consórcio, distribuídas em 72 parcelas.
“Pudemos mostrar que algumas plantas já estão se destacando, como os capins piatã e buffel aridus, e também a gliricídia. Até março deste ano a chuva aqui na região chegou a 475 milímetros, mas nós conseguimos fazer três cortes nas gramíneas”, explicou o técnico responsável pela unidade, Humberto Gonçalves.
Com o estudo, as instituições pretendem recomendar as melhores plantas para cultivo de acordo com a realidade de cada região semiárida, mas para isso, ainda são necessários novos testes.
“Só tivemos um ano de coleta de dados até agora, o que só nos permite fazer inferências. Vamos continuar avaliando e verificar como as plantas vão se comportar após o período seco dos próximos meses. Será que quando as chuvas chegarem elas vão manter os níveis de produção? Essa comparação é importante para que possamos ter segurança em fazer recomendações”, explicou a assessora técnica do Instituto CNA, Ana Mera.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do Instituto CNA, e a Embrapa, que no Dia de Campo foi responsável pela demonstração do comportamento do solo em relação as técnicas de cultivo empregadas.
Esse foi um dos pontos destacados pelo produtor rural José Odon de Macedo Torres, que acompanhou o evento junto com a esposa e a filha. A família tem uma propriedade no município vizinho, Juazeirinho, onde produz queijo e cortes finos de caprinos, mesmo com a severa estiagem dos últimos anos.
“Diante das dificuldades que o produtor passa no campo, em relação a estiagem, isso aqui é uma grande oportunidade de adquirir conhecimento e tecnologia. Tem como produtor levar isso para sua propriedade para desenvolver melhor sua atividade no dia-a-dia, a exemplo desse consórcio entre as leguminosas e cactáceas”, comentou Odon.
No encontro foi distribuído um boletim técnico com os resultados parciais dos dados analisado no período, que pode ser acessado aqui.
Veja como foi o evento:
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