9 de fevereiro de 2021

Família sai dos ramos educacional e naval para investir no agro paraibano


Jocélio Oliveira
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Durante muitos anos, família Padilha desenvolveu atividades econômicas ligadas aos setores educacional e naval. Mas há pouco mais de um ano, os parentes resolveram investir no agronegócio, adquirindo duas propriedades nos municípios de Bananeiras, no Brejo, e Belém, no Agreste paraibanos.

Desde então, a família tem investido na adoção de tecnologias para produção de 35 mil tilápias e também no confinamento bovino de aproximadamente 200 animais da raça nelore. Além de desenvolverem uma série de práticas de manejo para convivência com a seca, como a instalação de barragens subterrâneas, e na recuperação de áreas degradas.

Na última sexta-feira (5), o presidente do Sistema Faepa/Senar-PB, Mário Borba, visitou as Fazendas Angicos (em Bananeiras) e Santo Antônio (em Belém), que integram o Grupo SCP, pertencente à família.

Na comitiva que conheceu as atividades produtivas desempenhadas nas propriedades, ainda estavam o superintendente do Senar, Sergio Martins, Gabriel Petelinkar e Carlos Alberto Patrício, gerentes do DATER e DEPPS, respectivamente além do técnico de campo, Paulo Roberto.

“Essa experiência é muito válida e alegra a todos nós que fazemos o Sistema Faepa Senar, pois mostra a chegada de novas pessoas no campo para investir no agro da Paraíba”, afirmou o presidente Mário Borba.

A estrutura na Fazenda Angicos conta com área total de 240 hectares, sendo 117 deles com 26 piquetes de aproximada 4,5 hectares operativos. Estão sendo implantadas de bombas d’água com energia solar para a reservatório central e distribuição de água para todos os piquetes por gravidade para fornecimento de água em cocho para o gado e pontos de saída para irrigação de salvação.

“A gente está trabalhando com o intuito de trazer a maior produtividade, aproveitando ao máximo do que nos oferece a estrutura que está sendo implantada. Estamos cultivando espécies de capim mais adequados para a região e fazendo confinamento rotacionado, para alcançar um melhor resultado menos tempo”, afirmou o produtor rural Rafael Padilha, que também revelou o empenho em trabalhar com melhoramento genético.

Família dedicada ao desenvolvimento local

Desde que assumiram os negócios, os integrantes da família se revezam nas diversas atividades e demandas do negócio. O patriarca, Orlando Padilha, e o filho Rafael, estão na dianteira, definindo os rumos das propriedades. A matriarca, Sandra Camelo Padilha, também vive o cotidiano das fazendas e mantém a unidade coordenando a família.

A filha, Isabella é responsável pelos controles de compra, pagamentos, cobranças e também do arquivo de notas (compras e vendas) junto a contabilidade. Enquanto que o marido ela, Roberto Franca, presta assessoria nas compras e acompanha o serviço do dia-a-dia de oficina, necessidades dos empregados para execução das tarefas.

Produtor rural, Orlando Padilha

“Hoje contamos com cerca de 35 colaboradores e procuramos trabalhar com pessoas do entorno. Os nossos vizinhos são nossos trabalhadores. Através disso trazemos desenvolvimento e sustentabilidade para a região”, resumiu Orlando.

Parcerias para ensino

O superintendente do Senar, Sérgio Martins, destacou o viés empreendedor da família e também a sua responsabilidade com os aspectos da sustentabilidade e adoção de tecnologia. Ele também falou sobre a possibilidade de formalizar parcerias para ampliar a ação do Senar na região.

“Nossa intenção é fazer parceria para mostrar aos agropecuaristas da região o que está sendo adotado nessa propriedade. De maneira que possamos capacitar mais produtores e trabalhadores rurais”, resumiu Sérgio Martins.

Possibilidade que também foi destacada pelo produtor Orlando Padilha. “Essa parceria vai trazer crescimento muito grande. Vamos poder preparar as pessoas para o trabalho no campo, com tecnologia e entendimento do que estão fazendo”, comentou.

Projetos de expansão

O modelo existente na fazenda Angicos está sendo replicado e melhorado na propriedade Santo Antônio. O projeto lá está sendo implantado desde o início, já que quando adquiriram o terreno, ele se encontrava abandonado pelos antigos donos.

Segundo Rafael, para esta segunda fazenda, que conta com área total de 137,70ha, a intenção é trabalhar com 24 piquetes de aproximadamente 4,5 hectares, cujas divisões serão feitas com cerca elétrica alimentadas por energia solar. O sistema rotacionado terá lotação média de 3 unidades animais/ano.

Energia solar

O projeto conta ainda com a plantação do capim braquiária, sendo esse em 2 variações, marandu para as partes altas e humidícola para as partes baixas. O objetivo é que ele seja plantado consorciado com milho para aproveitamento de grãos.

Essa segunda propriedade conta com uma topografia favorável para a atividade e também com bom fornecimento de água para produção. Por isso, os produtores estão instalando barragens subterrâneas para armazenamento de água do subsolo, por meio de poços Amazonas, tanto para irrigação, quanto para fornecimento ao gado.

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