26 de setembro de 2022

Presidente da CNA participa de eventos voltados ao agro da Região Nordeste


Ascom Senar
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João Pessoa, PB (26/09/2022) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, participou, na segunda (26), da abertura do 10º Congresso Internacional de Palma e Cochonilha e do 3º Agropec Semiárido. Os eventos ocorrem simultaneamente até o próximo dia 29 na capital da Paraíba.

O 10º Congresso de Palma terá como foco os avanços na pesquisa e produção da palma e o compartilhamento dos resultados com a comunidade acadêmica internacional. Já o Agropec vai discutir, entre outros temas, como produzir no semiárido nordestino com competitividade e sustentabilidade.

O Sistema CNA/Senar montou um estande no Agropec para apresentar as iniciativas aos produtores rurais. Uma das atrações é um túnel onde o visitante terá acesso a um painel de audiovisual para saber mais sobre a “Convivência Produtiva com a Seca”.

O Projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável também está com um estande no evento. Além disso, técnicos do Sistema CNA/Senar farão palestras no Agropec durante toda a semana.

Em seu discurso na abertura dos eventos, João Martins destacou o crescente interesse pela cultura de palma no país, principalmente para uso na alimentação na pecuária do semiárido.

“Suas características de alta palatabilidade, produção de biomassa e resistência à seca fazem dessa planta um alimento valioso para os rebanhos da região. A palma vem conquistando o seu espaço no país e acreditamos no crescimento do seu uso pecuário nos próximos anos. Durante a minha gestão, transformei essa meta em uma das bandeiras da CNA”, afirmou.

Para que isso ocorra, o presidente da CNA explicou que o Sistema CNA conta com diversas parcerias em áreas como ciência, tecnologia, inovação, assistência técnica e capacitação aos produtores rurais.

Especificamente no ramo da ciência, ele falou sobre iniciativas em projetos de pesquisa e inovações para produtores da região semiárida. Uma delas é o projeto Forrageiras para o Semiárido, desenvolvido desde 2017 pelo Sistema CNA/Senar em parceria com a Embrapa.

O projeto avalia o potencial produtivo de plantas forrageiras, de acordo com as condições de clima e solo da região para as cadeias produtivas de bovinos de corte e leite e ovinos, além de sugerir um cardápio forrageiro baseado em dados científicos.

Na área de capacitação e assistência técnica para a região, Martins citou a atuação do Senar no Projeto Agronordeste atendendo mais de 40 mil produtores rurais, desde 2019, junto com o Ministério da Agricultura.

“Muito mais que melhorar os processos produtivos e a gestão da atividade agropecuária, a Assistência Técnica e Gerencial do Senar tem transformado vidas”, lembrou.

Para João Martins, “o Nordeste brasileiro pode contribuir muito para garantir a segurança alimentar e energética no Brasil e no mundo. Com o intuito de atingir esse objetivo, o Sistema CNA/Senbar tem atuado no âmbito da tecnologia, do crédito, da sanidade, da agregação de valor aos produtos locais ou na elaboração de políticas públicas adequadas à região”.

Ao encerrar seu discurso, o presidente da CNA ressaltou que a ciência, em 50 anos, transformou o agro brasileiro em um dos mais competitivos e sustentáveis do mundo.

“Para seguirmos como protagonistas, no papel de alimentarmos o mundo, continuaremos sendo pautados pela ciência. Mas precisaremos, mais do que nunca, da determinação e coragem de todos os produtores rurais nordestinos”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, anfitrião dos dois eventos, destacou as oportunidades que os participantes terão nesses dias de ter acesso aos avanços científicos e tecnológicos mais recentes.

Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil

Segundo ele, os encontros terão a apresentação de 134 trabalhos científicos, 60 palestras (presenciais e remotas), e reunirá representantes de 16 países. A expectativa é de que mais de duas mil pessoas passem pelos eventos.

Ele frisou também a importância da palma como uma atividade econômica rentável, para tirar várias famílias da miséria, da fome e do desemprego. Segundo ele, a utilidade da planta vai muito além de uma fonte de água em tempos de seca, mas também como base de alimentação na pecuária e matéria-prima para indústrias para fabricação de diversos produtos.

“Precisamos de ações específica para amenizar os efeitos da seca, para gerar emprego e renda ao invés de acumular prejuízos ano após ano.”, afirmou.

O diretor-presidente do Sebrae, Carlos Meles, destacou a importância do evento e as qualidades do Brasil como um país com abundância de área e terra, o mais preservado do mundo e com o papel chave de ajudar a alimentar o mundo.

Mounir Louhaichi, representante da Rede FAO – CactusNet-FAO-ICARDA, disse que a palma representa uma forma de melhorar a vida das pessoas pobres em áreas mais secas. Em um cenário de mudanças climáticas, completou, é preciso desenvolver culturas que se adaptem a ambientes mais difíceis e a palma é um exemplo desta adequação a custos baixos.

Para o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, “é necessário reinventar os modos de produzir alimentos. Desse modo, estamos no contexto, com o aproveitamento dos recursos naturais do semiárido. O Brasil é uma locomotiva mundial na produção de alimentos”.

Já a embaixadora do México no Brasil, Laura Esquiavel, afirmou que a palma representa um símbolo de renovação neste momento de crise alimentar pelo qual o mundo passa.

O secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca da Paraíba, Joaquim Hugo Vieira Carneiro, que representou o governador João Azevêdo, falou sobre os desafios para alavancar a produção local de palma.

A solenidade de abertura foi encerrada com uma palestra do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, sobre a atuação da entidade na defesa dos interesses dos produtores rurais no Nordeste e no Brasil.

Acompanharam a abertura o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, os presidentes das federações de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo, do Rio Grande do Norte (Faern), José Alvares Vieira, e a secretária-executiva do Instituto CNA, Mônika Bergamaschi.

Visitas – Após a abertura, João Martins visitou os estandes do Sistema CNA/Senar e do Projeto Forrageiras para o Semiárido. No espaço do Sistema CNA/Senar, os visitantes poderão ver uma série de iniciativas para os produtores rurais. Uma das atrações é um túnel onde o visitante terá acesso a um painel de audiovisual para saber mais sobre a “Convivência Produtiva com a Seca”.

Já o Projeto Forrageiras para o Semiárido teve início em 2017 com a implantação de 12 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em todos os estados da região Nordeste e no norte de Minas Gerais, em áreas representativas de semiárido brasileiro.

Martins também conheceu uma das novidades do evento, que é o protótipo de uma máquina colheitadeira de palma, que será lançada nesta semana. A CNA foi uma das apoiadoras da iniciativa, que visa diminuir os custos de mão de obra para os produtores.

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