6 de março de 2023

Com ajuda do Senar, casal investe em melhoramento genético e volta ao campo depois de 30 anos


Ascom Senar
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José Alberto é advogado de formação e produtor rural no município de Guarabira, onde administra a Fazenda Boa Esperança com sua esposa, Daniele Eledino, que também é formada em advocacia. José conta que cresceu no campo e guarda boas recordações dessa época, mas que após passar 30 anos distante, sem lidar com a zona rural a ideia de retornar para o campo e cuidar das terras de seus pais, nem passava por sua cabeça. Mas que a oferta por uma propriedade nas redondezas fez com que ele e sua esposa resolvessem dar uma nova chance a agropecuária.

No começo os animais eram criados para recria, mas o produtor queria inovar na área e resolveu buscar o auxílio do Sindicato dos Produtores Rurais da cidade, que lhe apresentou a Assistência Técnica e Gerencial do Senar (ATeG).

“Quando adquirimos a propriedade estava tudo acabado, foi preciso preparar toda a terra para receber os animais, gastamos cerca de 150 horas de PC para separar a área de reserva legal e da outra área. Nós organizamos, abrimos as cercas e fizemos as divisórias”, conta José Alberto.

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Após organizar a estrutura da propriedade, o casal com auxilio do técnico de campo do Senar, Erick Paiva, deram início no trabalho de rotação das culturas, onde o gado passa dez dias em cada cercado para que uma área de 154 hectares com 157 vacas não sofra com assoreamento. Além de investirem no melhoramento genético do nelore puro de origem (PO), raça criada na propriedade.

Daniele conta como foi para ela esse período de transição e como lidou com ele. “Foi difícil me adaptar, pois não sou da área e a 30 anos ele estava ausente do campo, mas reuni todas as minhas dúvidas e quando tive a oportunidade de conversar com o técnico aproveitei e tirei todas. Seguimos sendo acompanhados pela instituição a cerca de um ano, o que tem nos ajudado muito no crescimento, na produção do gado e na alimentação e cultivo da terra”, diz.

Para Erick, apesar de encontrar os produtores um pouco perdidos com o desenvolvimento da atividade, foi satisfatório ver a disposição e a empolgação deles ao buscar não só entender, mas também avançar e investir no melhoramento genético vendo ali uma oportunidade de negócio.

“Encontrei produtores muito dispostos, mas desnorteados. Começamos a trabalhar com eles o melhoramento genético do rebanho, a fazer reservas estratégicas de silagem, melhorar o plantio de capim para pastagem e tudo isso vem melhorando nossa capacidade de suporte e lotação, de aumentar o rebanho da propriedade que hoje é uma empresa rural”, comenta.

Tanto o técnico como os produtores localizaram uma carência do setor na região e viram nela uma oportunidade de negócio. Sendo assim, aprimorar a genética dos animais e crescer nesse mercado se tornou o objetivo do casal que possui cadastro na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e já estão com os seus primeiros animais puros com registro nascendo.

“Trabalhamos de acordo com o mercado, ou seja, estudamos e tentamos trazer o que está em alta, mas para esse resultado é necessário se ter uma boa gestão, um bom manejo sanitário, uma boa nutrição e uma boa genética dos animais. Só que existe uma carência de animais puros na região, muitos produtores vão comprar reprodutores em outros estados, e foi vendo essa abertura de mercado que começamos a trabalhar nela”, explica o técnico.

“Eu junto com o Senar tento revolucionar os nossos vizinhos, mostrando para eles que com a assistência e com os cuidados adequados conseguimos fazer as coisas andarem e que já não vamos precisar buscar em outros estados animais com boa genética, porque agora temos eles aqui em nossa região”, finaliza José Alberto.

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